quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Doce (e amargo) Novembro

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E para terminar o mês, deixo aqui um pequeno e belo texto que uma amiga escreveu.

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"Novembro vai...

Vai e carrega junto com tuas folhas secas o sabor amargo da minha paixão. Paixão indesejada pelas minhas próprias vontades. Vontades que nunca tive... se não por ti. Tira do meu peito essa dor infernal, ansiosa, aflita, indisposta. Tire de mim o vício de espetar meu coração para com que com o meu sangue eu escreva belas palavras pra você. Mas nas minhas mãos eu senti uma vontade escondida de te pedir para ir, partir... e pelo amor de Deus, nunca mais voltar. Te amo demais pra te deixar aqui. Eu faria desse amor uma explosão nuclear; antes que isso aconteça... vá. Te amo, te amo. Mas não fica aqui. Talvez fui feita pra isso: pra nunca receber o amor de quem enxerga o meu. Novembro italiano frio, seco, vazio, solitário, murcho, pobre, falecido, envelhecido, derramado e morto de desejos... só te deixo ir porque você é meu espelho."


- Ludmila Andrade Falcão

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terça-feira, 29 de novembro de 2011

A História da Vaquinha

Diz uma história budista que...

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"Um mestre de sabedoria passeava por uma floresta com seu fiel discípulo, quando avistou, ao longe, um sítio de aparência pobre e resolveu fazer uma breve visita. Durante o percurso, ele falou ao aprendiz sobre a importância das visitas e a oportunidade de aprendizado que temos, também, com as pessoas que mal conhecemos.
Chegando ao sítio, constatou a pobreza do lugar, sem acabamento, casa de madeira; os moradores, um casal e três filhos, vestidos com roupas rasgadas e sujas. Então, se aproximou do senhor, aparentemente o pai daquela família, e perguntou:
- Neste lugar não há sinais e pontos de comércio e de trabalho. Como o senhor e a sua família vivem aqui?
E o senhor, calmamente, respondeu:
- Meu amigo, nós temos uma vaquinha que nos dá vários litros de leite todos os dias. Uma parte desse produto nós vendemos ou trocamos na cidade vizinha por outros gêneros de alimentos; com a outra parte, nós produzimos queijo, coalhada, etc., para nosso consumo, e, assim, vamos sobrevivendo.

O sábio agradeceu a informação, contemplou o lugar por uns momentos, depois se despediu e foi embora. No meio do caminho, voltou ao seu fiel discípulo e ordenou:
- Aprendiz, pegue a vaquinha, leve-a ao precipício ali na frente e empurre-a, jogue-a lá em baixo!
O jovem arregalou os olhos, espantado, questionou o mestre sobre o fato de a vaquinha ser o único meio de sobrevivência daquela família, mas foi cumprir a ordem. Assim, empurrou a vaquinha morro abaixo e a viu morrer. Aquela cena ficou marcada na memória daquele jovem durante alguns anos. Um belo dia, ele resolveu largar tudo o que havia aprendido para voltar àquele mesmo lugar e contar tudo àquela família, pedir perdão e ajudá-la.

Assim fez e, quando se aproximou do local, avistou um sítio muito bonito, com árvores floridas, todo murado, com carro na garagem e algumas crianças brincando no jardim. Ficou triste e desesperado, imaginando que aquela humilde família tivera que vender o sítio para sobreviver.
Apertou o passo e, chegando lá, logo foi recebido por um caseiro muito simpático. Perguntou sobre a família que ali morava há uns quatro anos. O caseiro respondeu:
- Continuam morando aqui.
Espantado, ele entrou correndo na casa e viu que era a mesmo família que visitara antes, com o mestre. Elogiou o local e perguntou ao senhor (o dono da vaquinha):
- Como o senhor melhorou este sítio e está muito bem de vida?
E o senhor respondeu:
- Nós tínhamos uma vaquinha que caiu no precipício e morreu. Daí em diante tivemos que fazer outras coisas e desenvolver habilidades que nem sabíamos que tínhamos. Assim, alcançamos o sucesso que seus olhos vislumbram agora."


(Autor Desconhecido) 


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Todos nós temos uma "vaquinha" que nos dá alguma coisa básica para sobrevivência e uma convivência com a rotina, limitando o nosso progresso. A ideia, então, é descobrir qual é a sua e empurrá-la morro abaixo!

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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Contraste

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Descobri que as cores preferidas do meu pai eram preto e branco. Coincidentemente, são as cores que eu sempre mais usei. Se você abrir o meu guarda-roupa, verá dessas cores uma imensidão. E se encontrar meu coração, perceberá também como o pintei.

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- Elizabeth Vaz da Cunha

domingo, 27 de novembro de 2011

-Pensamento da Semana-

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"Deus transforma choro em sorriso, dor em força, fraqueza em fé e sonho em realidade."

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- E eu espero muito que isso seja verdade.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Amedrontada.

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É assim que me sinto agora. É como me vejo diante de novas escolhas.
É o preço de um processo que acontece mais por obrigação que por vontade.

É a vida.
A vida e suas pequenas doses de sofrimento.

- Você conseguiu, senhorita.
Mais uma vez, me pregou uma peça.

Agora me deixa.

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- Elizabeth Vaz da Cunha

domingo, 20 de novembro de 2011

É...

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Vontade de fazer, eu sinto... e muito.
Porém, se eu o fizer... amanhã todos perceberão.

Então, é melhor segurar.


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- Elizabeth Vaz da Cunha

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Dizem que é bom...

...colocar isso em um quadro e emoldurar para nunca esquecer.



Quem sabe, né?


Beijos! =*

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Como explicar o amor...

Eu achei, simplesmente, LINDO esse texto e resolvi compartilhar com vocês...! :)

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"Contam que uma vez se reuniram todos os sentimentos e qualidades dos homens em um lugar da terra.
Quando o ABORRECIMENTO havia reclamado pela terceira vez, a LOUCURA, como sempre tão louca, lhes propôs:
- Vamos brincar de esconde-esconde?
A INTRIGA levantou a sobrancelha intrigada e a CURIOSIDADE sem poder conter-se perguntou:
- Esconde-esconde? Como é isso?
- É um jogo, explicou a LOUCURA, em que eu fecho os olhos e começo a contar de um a um milhão enquanto vocês se escondem, e quando eu tiver terminado de contar, o primeiro de vocês que eu encontrar ocupará meu lugar para continuar o jogo.
O ENTUSIASMO dançou seguido pela EUFORIA. A ALEGRIA deu tantos saltos que acabou pôr convencer a DÚVIDA e até mesmo a APATIA, que nunca se interessavam por nada. Mas nem todos quiseram participar. A VERDADE preferiu não esconder-se.
- Para que, se no final todos me encontram?
A SOBERBA opinou que era um jogo muito tonto (no fundo o que a incomodava era que a idéia não tivesse sido dela). A COVARDIA preferiu não arriscar-se.
- Um, dois, três, quatro... - começou a contar a LOUCURA.
A primeira a esconder-se foi a PRESSA, que como sempre caiu atrás da primeira pedra do caminho. A FÉ subiu ao céu e a INVEJA se escondeu atrás da sombra do TRIUNFO, que com seu próprio esforço tinha conseguido subir na copa da árvore mais alta. A GENEROSIDADE quase não consegue esconder-se, pois cada local que encontrava, lhe parecia maravilhoso para algum de seus amigos. Se era um lago cristalino, ideal para a BELEZA. Se era a copa de uma árvore, perfeito para a TIMIDEZ. Se era o voo de uma borboleta, o melhor para a VOLÚPIA. Se era uma rajada de vento, magnífico para a LIBERDADE. E assim acabou escondendo-se em um raio de sol.
O EGOÍSMO, ao contrário, encontrou um local muito bom desde o início. Ventilado, cômodo, mas apenas para ele. A MENTIRA escondeu-se no fundo do oceano (mentira, na realidade, escondeu-se atrás do arco-íris). E a PAIXÃO e o DESEJO, no centro dos vulcões.O ESQUECIMENTO, não recordo-me onde escondeu-se, mas isso não é o mais importante.
Quando a LOUCURA estava lá pelo 999.999, o AMOR ainda não havia encontrado um local para esconder-se, pois todos já estavam ocupados, até que encontrou uma roseira e, carinhosamente, decidiu esconder-se entre suas flores. 

A primeira a aparecer foi a PRESSA, apenas a três passos de uma pedra. Depois, escutou-se a FÉ discutindo com Deus, no céu, sobre zoologia. Sentiu-se vibrar a PAIXÃO e o DESEJO nos vulcões.
Em um descuido, a LOUCURA encontrou a INVEJA e claro, pôde deduzir onde estava o TRIUNFO. O EGOÍSMO, não teve nem que procurá-lo: ele sozinho saiu disparado de seu esconderijo, que na verdade era um ninho de vespas.
De tanto caminhar, a LOUCURA sentiu sede e ao aproximar-se de um lago, descobriu a BELEZA. A DÚVIDA foi mais fácil ainda, pois a encontrou sentada sobre uma cerca sem decidir de que lado esconder-se.
E assim foi encontrando a todos. O TALENTO entre a erva fresca, a ANGÚSTIA em uma cova escura, a MENTIRA atrás do arco-íris (mentira, estava no fundo do oceano) e até o ESQUECIMENTO, que já havia esquecido que estava brincando de esconde-esconde. Apenas o AMOR não aparecia em nenhum local.
A LOUCURA procurou atrás de cada árvore, embaixo de cada rocha do planeta e em cima das montanhas. Quando estava a ponto de dar-se pôr vencida, encontrou um roseiral. Pegou uma forquilha e começou a mover os ramos, quando, no mesmo instante, escutou-se um doloroso grito. Os espinhos tinham ferido o AMOR nos olhos. A LOUCURA não sabia o que fazer para desculpar-se. Chorou, rezou, implorou, pediu perdão e até prometeu ser seu guia.
Desde então, desde que pela primeira vez se brincou de esconde-esconde na terra, o AMOR é cego e a LOUCURA sempre o acompanha..."


Autor: Desconhecido