quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Doce (e amargo) Novembro

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E para terminar o mês, deixo aqui um pequeno e belo texto que uma amiga escreveu.

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"Novembro vai...

Vai e carrega junto com tuas folhas secas o sabor amargo da minha paixão. Paixão indesejada pelas minhas próprias vontades. Vontades que nunca tive... se não por ti. Tira do meu peito essa dor infernal, ansiosa, aflita, indisposta. Tire de mim o vício de espetar meu coração para com que com o meu sangue eu escreva belas palavras pra você. Mas nas minhas mãos eu senti uma vontade escondida de te pedir para ir, partir... e pelo amor de Deus, nunca mais voltar. Te amo demais pra te deixar aqui. Eu faria desse amor uma explosão nuclear; antes que isso aconteça... vá. Te amo, te amo. Mas não fica aqui. Talvez fui feita pra isso: pra nunca receber o amor de quem enxerga o meu. Novembro italiano frio, seco, vazio, solitário, murcho, pobre, falecido, envelhecido, derramado e morto de desejos... só te deixo ir porque você é meu espelho."


- Ludmila Andrade Falcão

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